A agropecuária é um setor de produção essencial para a economia brasileira, o qual tem um decisivo impacto no nosso Produto Interno Bruto — PIB. Com base nisso, nos últimos anos, houve um fomento considerável das áreas acadêmicas voltadas especificamente para dar suporte a essa indústria, como é o caso da Engenharia de Biossistemas.

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Formação que é ofertada na modalidade de graduação, o curso de Engenharia de Biossistemas é o sonho de consumo de vários vestibulandos, principalmente aqueles que buscam reunir em uma só área os conceitos da Engenharia com o agronegócio.

Mas você já sabe o que mais é estudado nesse curso, onde encontrá-lo e quais as possibilidades de carreira? Prossiga com a leitura e tenha todo esse conhecimento!

Engenharia de Biossistemas: o que é?

É a utilização das técnicas de engenharia em geral (principalmente mecânica e de produção) para a otimização dos processos de produção agropecuária, com o objetivo principal de elevar a produtividade como um todo do agronegócio.

Exemplificando, o profissional dessa área é capaz de trabalhar com praticamente tudo que envolve a produção vegetal e animal, agricultura de precisão e sistemas de automação no campo.

Uma importante questão que merece ser pautada é que uma das missões desse curso é a de priorizar todo e qualquer tipo de método que promova a sustentabilidade do planeta.

Em outras palavras, o estudante desde a universidade já é educado a desenvolver práticas de produção agrícola que não representam riscos para o meio ambiente, reduzindo, assim, impactos como: contaminação do lençol freático, intensificação do efeito estufa, contaminação de rios e lagos, entre outros.

Curso Engenharia de Biossistemas

Esse curso é bem recente no Brasil, com a abertura da primeira turma apenas em 2009. Como se trata de uma formação de nível superior, que leva em média 5 anos para ser finalizada, podemos concluir que os engenheiros de biossistemas mais experientes do país têm, no máximo, 7 anos de atuação.

Esse fato evidencia que esse curso é extremamente promissor no país, já que existe um enorme ramo industrial à disposição (no caso, o agronegócio) para até então poucos profissionais experientes e formados.

Engenharia de Biossistemas: nota de corte

Considerando a modalidade de ampla concorrência do Enem realizado no ano de 2019, a nota de corte de Engenharia de Biossistemas foi:

  • Universidade Federal De Campina Grande — 582,62 pontos;
  • Instituto Federal De Educação, Ciência e Tecnologia De São Paulo — 669,56;
  • Universidade De São Paulo — 785,84.

Faculdades 

Atualmente, no Brasil, existem apenas 4 instituições de ensino superior que ofertam esse curso. São elas:

  • Universidade de São Paulo — USP;
  • Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho — Unesp;
  • Universidade Federal de Campina Grande — UFCG;
  • Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo — IFSP.

Engenharia de Biossistemas: USP 

A USP foi a primeira universidade da América Latina a disponibilizar esse curso em sua grade, inaugurando-o no em 2009. Com, ao todo, 60 vagas por ano, a Engenharia de Biossistemas na USP tem 10 períodos e reúne um total de mais de 4.000 horas de estudos, mescladas entre matérias obrigatórias e estágio curricular.

Engenharia de Biossistemas: Unesp 

Já as turmas de Engenharia de Biossistemas na Unesp foram inauguradas em 2013 e são concentradas no Campus de Tupã. A sua duração também é de 10 períodos, mas são menos estudantes que entram anualmente ali em comparação à USP, totalizando 40.

Grade curricular: Engenharia de Biossistemas

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Considerando o curso de Engenharia de Biossistemas oferecido pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo — IFSP, a distribuição das matérias é a seguinte.

1º período

* Cálculo I;

* Geometria Analítica e Álgebra Linear;

* Fundamentos de Física;

* Comunicação e Expressão;

* Biologia Celular e Molecular;

* Metodologia Científica e Tecnológica. 

2º período

* Cálculo II;

* Física Geral e Experimental I;

* Química Geral e Experimental;

* Biologia aplicada à Engenharia de Bioprocessos;

* Química Orgânica;

* Ecologia.

3º período

* Cálculo III;

* Física Geral e Experimental II;

* Físico-Química;

* Bioquímica;

* Tópicos de ciências humanas;

* Economia;

* Estatística aplicada a Biossistemas.

4º período

* Modelagem e Simulação;

* Física Geral e Experimental III;

* Introdução à Biotecnologia Microbiana;

* Termodinâmica;

* Desenho Técnico Assistido por Computador;

* Segurança Alimentar, Biossegurança e Bioética.

5º período

* Mecânica dos Sólidos;

* Fenômenos de Transporte;

* Geoprocessamento aplicado em Biossistemas;

* Hidrologia aplicada em biossistemas;

* Fisiologia Vegetal;

* Fisiologia Animal.

6º período

* Tecnologias de Produção Vegetal I;

* Sistemas de Produção Animal;

* Ciência e Tecnologia dos Materiais;

* Introdução à Ciência da Computação;

* Operações Unitárias;

* Biotecnologia.

7º período

* Processamento de Produtos de Origem Vegetal;

* Processamento de Produtos de Origem Animal;

* Geração e Produção de Energia;

* Fisiologia de Pós Colheita;

* Lógica e Programação;

* Tecnologias de Produção Vegetal II.

8º período

* Geração de Energia Alternativa;

* Circuitos Elétricos I;

* Sustentabilidade e Resiliência em Biossistemas;

* Dispositivos e Circuitos eletrônicos;

* Resistência dos Materiais.

9º período

* Gestão Ambiental;

* Agricultura de Precisão;

* Zootecnia de Precisão;

* Circuitos Elétricos II;

* Fundamentos de Automação e Controle.

10º período

* Automação e Controle Aplicados a Biossistemas;

* Gestão e Empreendedorismo;

* Sistemas Microcontrolados;

* Instrumentação Aplicada à Engenharia de Biossistemas;

* Robótica. 

Carreira e mercado de trabalho

O mercado de trabalho para esse setor no Brasil é bem aquecido, o qual é amplamente beneficiado com a grandiosa e moderna infraestrutura agropecuária apresentada por nosso país.

Desse modo, a carreira de um engenheiro de biossistemas pode ser bem promissora na região Centro-Oeste (principalmente no estado do Mato Grosso, que é um grande produtor de soja), no Triângulo Mineiro (que também tem grandes propriedades produtoras de grãos) e no estado do Rio Grande do Sul (grande produtor de carne de alta qualidade).

Sendo assim, fica mais simples de compreender o quão importante é a área de Engenharia de Biossistemas para o nosso país, visto que ela ajuda consideravelmente no desenvolvimento da agropecuária.

Por fim, é interessante frisarmos que os estudantes que desejam entrar nesse ramo precisam ter afinidades com as matérias de Matemática, Física e Geografia.

Agora que você já sabe como é o curso de Engenharia de Biossistemas, confira o que é um teste vocacional e como que essa ferramenta pode ser essencial na hora de definir qual é o curso mais compatível com o seu perfil.

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