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Você tem aptidão para dominar línguas? Interessa-se por economia e política? Demonstra boa capacidade de comunicação? E, acima de tudo, é o membro apaziguador da turma? Se você está pensando em qual curso fazer, e respondeu sim a essas perguntas, conheça o curso de Relações Internacionais!
Essa graduação forma profissionais para trabalhar tanto no setor público quanto no privado, envolve várias áreas do conhecimento, como Sociologia e Direito, e tem um mercado de atuação bastante amplo. Ficou interessado em saber mais sobre Relações Internacionais? É só continuar a leitura!
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O que são Relações Internacionais?
O curso de Relações Internacionais, também chamado de RI, é relativamente novo. Na verdade, à medida que a globalização avançou, algumas questões de interesse mundial, antes designadas sob o âmbito das Ciências Políticas, foram reunidas em uma só graduação, devido à necessidade de inter-relacionar política com economia, sociedade etc.
Assim, surgiu essa área de estudos, que trata das relações políticas, econômicas e sociais entre as nações. Isso se dá tanto em relação ao governo quanto a empresas privadas e ONGs com atuação internacional.
A princípio, o analista de Relações Internacionais ou internacionalista focava apenas em dois principais aspectos:
- diplomacia;
- beligerância.
Mais recentemente, outros temas além desses têm pautado as discussões de RI, como:
- feminismo;
- questões ambientais;
- Astropolítica (Direito Espacial).
Curso de Relações Internacionais
Na década de 1970, foi criado o primeiro curso de Relações Internacionais do país, na UnB. Até hoje, as várias faculdades que oferecem RI têm recebido estudantes interessados em participar das negociações internacionais.
A modalidade do curso é o bacharelado e o tempo de duração é de 4 anos, em média. É obrigatório que o aluno produza e apresente um Trabalho de Conclusão de Curso.
Simulações
Bastante interessante no curso de RI são as simulações de negociações políticas e diplomáticas que reúnem estudantes de outros cursos também. Em um período determinado, os alunos vivenciam a rotina de diplomatas, defendendo a política e as posições de determinados órgãos, como a ONU e os Estados.
Relações Internacionais: o que faz?
Como mencionamos anteriormente, o profissional que se forma em RI pode trabalhar no Governo — União, estados e municípios —, em organizações privadas ou em ONGs. Sua função depende do cargo e do local de trabalho, mas é possível resumir o que faz um analista internacional da seguinte forma:
- abre caminho para negociações (exportação e importação de produtos);
- propõe acordos de várias naturezas entre países, como ambientais, defesa de fronteiras etc.;
- auxilia a entrada de empresas multinacionais no país;
- organiza projetos de intercâmbio;
- colabora com iniciativas relacionadas ao turismo.
Relações Internacionais: faculdades
Mais de 150 instituições brasileiras oferecem o curso de RI, tanto na modalidade presencial quanto na EAD. Antes de decidir pela faculdade, verifique se ela tem reconhecimento do MEC e se oferece boa grade curricular, atualizada, e se conta com professores qualificados. Afinal, como esse é um curso bastante teórico, muito do seu aprendizado vai depender das orientações de leitura dos mestres.
A seguir, separamos algumas das melhores faculdades do país onde você pode cursar Relações Internacionais:
- Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP;
- Centro Universitário IBMEC, Rio de Janeiro, RJ;
- Universidade da Amazônia (UNAMA), Belém, PA;
- Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), São Paulo, SP;
- Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), Belo Horizonte, MG;
- Fundação Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), Santana do Livramento, RS;
- Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), João Pessoa, PB.
Relações Internacionais USP
O Instituto de Relações Internacionais da USP fica na Cidade Universitária e é considerado um dos mais tradicionais do país. O curso forma bacharéis em RI após 4 anos de estudos.
Para que você tenha uma noção das disciplinas obrigatórias a serem cursadas, listamos aqui a matriz curricular da USP.
1º período
- Introdução à Ciência Política para Relações Internacionais;
- Estatística Aplicada I;
- Fundamentos de Microeconomia;
- Instituições de Direito;
- História das Relações Internacionais I.
2º período
- Teoria das Relações Internacionais I: Teorias Clássicas;
- Estatística Aplicada II;
- Fundamentos de Macroeconomia;
- Teoria do Estado I;
- História das Relações Internacionais II.
3º período
- Regimes e Organizações Internacionais;
- Economia Internacional I: Teoria e Política do Comércio Internacional;
- Teoria do Estado II: Constitucionalismo Comparado;
- América Independente: Formação e Relações Internacionais;
- Persistência e a Mudança Social.
4º período
- Teoria Avançada das Relações Internacionais;
- Economia Internacional II: Sistema Monetário e Financeiro Internacional;
- Direito Internacional Público;
- O Brasil e as Relações Internacionais;
- Sociologia do Desenvolvimento.
5º período
- Política Externa Brasileira;
- Negociação Internacional e Solução de Controvérsias.
6º período
- Segurança e Defesa.
7º período
- Trabalho de Conclusão de Curso I.
8º período
- Trabalho de Conclusão de Curso II.
A partir do 5ª período, são ofertadas muitas disciplinas optativas eletivas. Dessa forma, o estudante escolhe como vai seguir no curso: se mais voltado à História, à Economia ou à Política, por exemplo. Veja algumas optativas que complementam a formação do aluno:
- Teoria dos Jogos Aplicada às Relações Internacionais;
- Métodos Quantitativos de Pesquisa em Relações Internacionais;
- Formação Econômica e Social do Brasil;
- Política Comparada;
- Finanças Internacionais;
- América Latina e Guerra Fria;
- Sociologia Jurídica;
- Direito Internacional do Meio Ambiente;
- Marx: Destruição da Economia Política;
- Geografia Política;
- História da Ásia;
- Globalização, Instituições Internacionais e Relações de Trabalho;
- Pobreza Urbana e Políticas Públicas;
- Os Efeitos e o Desenho das Instituições e do Direito Internacional;
- Estrutura de Classes e Estratificação Social.
Dá para perceber que são muitas as vertentes pelas quais você pode se aventurar, não é verdade? E se você ainda aliar o estágio à área de seu interesse, a graduação ficará ainda mais produtiva e você até poderá terminar o curso já empregado!
Relações Internacionais: nota de corte
A maior nota de corte para RI em 2020 foi a da USP: 809,77. Essa é uma pontuação alta se pensarmos que o curso de Medicina, que costuma liderar o ranking, tem nota de corte na casa dos 850. Se você optar pelo vestibular da Fuvest para ingressar na USP, a concorrência é de 55,87 candidatos por vaga — também bastante acirrada.
Portanto, é recomendado estudar bastante e se dedicar a fundo se quiser entrar em uma universidade usando a nota do Enem.
Relações Internacionais: EAD
Algumas faculdades brasileiras já aderiram à modalidade de ensino a distância para o curso de RI. Nesse formato, você pode assistir às aulas quando e onde quiser e só vai ao polo universitário para fazer as provas e alguns trabalhos, dependendo da instituição. Veja algumas com cursos autorizados pelo MEC e já em funcionamento:
- Universidade Estácio de Sá (UNESA);
- Centro Universitário Leonardo da Vinci (UNIASSELVI);
- Centro Universitário Internacional (UNINTER);
- Centro Universitário Estácio de Santa Catarina;
- Universidade Paulista (Unip).
Mercado de trabalho
O objetivo do analista de Relações Internacionais é atuar de forma a manter a boa convivência entre os países. Para isso, ele pode trabalhar em:
- agências governamentais;
- ONGs;
- empresas privadas;
- cooperativas internacionais.
Relações Internacionais: salário
O salário do analista de RI depende de vários fatores:
- local onde trabalha;
- tempo de experiência;
- grau de especialização;
- cargo que ocupa.
Entretanto, para os recém-formados, a remuneração varia entre R$ 1.200 e R$ 2.500, segundo o UOL. Quem deseja seguir carreira no Itamaraty, precisa prestar concurso e o salário pode chegar a R$ 27 mil.
Então, agora que você já tem mais informações sobre o curso de Relações Internacionais, está mais decidido a ingressar nessa carreira? Se ainda tem dúvidas, fazer um teste vocacional pode ajudar a esclarecer se você tem aptidão para a área!