O sonho de ser um astronauta habita a mente de muitos jovens e crianças, mas não se trata apenas de um devaneio: é realmente possível se tornar um astronauta e conhecer os espaços extraterrenos. Porém, para isso, é fundamental uma formação consolidada e muitos anos de experiência, começando por se tornar um cientista com expertise em algumas áreas como Física e Engenharia Aeroespacial.

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Tem vontade de conhecer o caminho para trabalhar com essa prestigiada profissão? Quem sabe este não é o texto que você precisa ler para conseguir navegar o espaço sideral? Continue a leitura e saberá o que é preciso para trabalhar como um navegante espacial!

Como se tornar um astronauta? 

O preparo que alguém precisa ter para explorar o espaço pode ser muito mais diverso do que se imagina. A resposta depende, principalmente, do tempo que precisará passar no espaço. Essa diversificação acontece porque as tecnologias mudaram muito desde as primeiras viagens para o espaço.

Assim como nas primeiras navegações de caravelas pelo mar, que eram bastante primitivas e atualmente nem se comparam com as viagens feitas pelos barcos de alta performance, as tecnologias avançaram muito com o passar dos anos. Nos primeiros momentos, era necessário que os astronautas decorassem até constelações e crateras lunares. Portanto, antes de tudo, era preciso que os astronautasfossem ótimos astrônomos.

Hoje em dia, as exigências já não são mais voltadas para as capacidades de pilotagem de um astronauta, mas sim sobre suas aptidões para aguentar as variações de gravidade e outras intempéries decorrentes de uma viagem espacial. Existem alguns caminhos possíveis para chegar até lá, alguns dos mais relevantes são a graduação em Engenharia Aeroespacial e outras formações que envolvam um conhecimento sobre o funcionamento do universo, como Física e formações das Ciências biológicas.

Entretanto, apenas a graduação não é o suficiente. Aqui vai a lista de alguns requisitos necessários para se tornar um astronauta:

  • fluência em inglês, preferencialmente em outros idiomas como espanhol, chinês, japonês;
  • graduação e pós-graduação em pelo menos uma das áreas relacionadas ao assunto: Engenharia Mecânica, Aeroespacial, Ciências da Computação, Física etc.;
  • experiência extensa em pilotagem de aviões;
  • pelo menos três anos de experiência na área profissional.

Programa espacial

Os programas espaciais são muito diversos a depender do país onde você fará sua formação. No caso do Brasil, por exemplo, há pouco investimento no programa espacial nacional, de forma que apenas um astronauta brasileiro chegou até esse ponto. Por outro lado, quando ampliamos nosso horizonte, é possível pensar em outras formas de chegar até a carreira de um astronauta de verdade.

O programa da National Aeronautics and Space Administration, mais conhecida como NASA, agência norte-americana responsável pelo programa espacial, já tem muito mais investimentos e oportunidades, mesmo para quem não é um nativo estadunidense. O astronauta Marcos Pontes (sobre quem falaremos mais adiante) foi o primeiro brasileiro a conseguir fazer essa sonhada viagem por meio de um projeto conjunto com a NASA.

Só para se ter ideia, o programa dos Estados Unidos recebe cerca de um bilhão de dólares anualmente. A NASA é muito mais do que uma simples agência, é um imenso complexo com centenas de profissionais e cientistas que a fazem funcionar.

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Qual astronauta pisou na lua?

Caso não saiba, Neil Armstrong foi o primeiro ser humano a pisar na lua, durante a corrida espacial ocorrida no século XIX, representando os Estados Unidos nessa conquista. Ele viveu uma vida impressionante, trabalhando como engenheiro aeroespacial até se tornar oficialmente um astronauta. Sua história se tornou inspiração para inúmeros filmes e livros, não só por ter conseguido pousar na lua, mas também por suas contribuições para a sociedade posteriores à Apollo 11, missão responsável por esse grande feito.

A carreira do Astronauta

Primeiro, é importante ressaltar que a maior parte da carreira de um astronauta se passa na Terra. São muitos anos voltados para treinamentos de todo tipo, como de resistência a pressões altas, isolamento social, experimentos com alimentação específica etc.

Além disso, você trabalhará também na assistência de outras missões espaciais, já que se trata de expedições altamente complexas, que exigem monitoração e auxílio constantes das bases nas estações de lançamento.

Para preencher a vaga de astronauta, a maneira mais simples é ter um título de cidadão estadunidense militar ou civil e preencher os formulários que estão sempre presentes no site da agência espacial norte-americana. Entretanto, existem outras formas possíveis, como foi o caso do primeiro astronauta brasileiro, que abordaremos no próximo tópico.

Astronauta brasileiro

Marcos Cesar Pontes é popularmente conhecido como o primeiro brasileiro a visitar o espaço, mas até chegar lá foi necessário passar por uma extensa carreira militar e acadêmica.

Como não temos um programa espacial brasileiro, essa experiência foi possível graças a uma parceria com a NASA, que culminou na expedição ocorrida em 2006 e batizada de “Missão Centenário”, em homenagem ao centenário do 14 Bis, conhecido como o primeiro avião funcional do mundo, feito por Santos Dumont.

Além de ser o primeiro brasileiro a realizar esse feito, ele foi também o primeiro lusófono (um falante da Língua Portuguesa) e sul-americano a visitar o espaço. Ele foi escolhido por meio de uma seleção que garantia a vaga para um piloto brasileiro, por conta da nossa cooperação na construção da Estação Espacial Internacional, que ainda se encontra na órbita da Terra e pode ser vista até mesmo a olho nu.

Quanto ganha um astronauta? 

Tomando como base os salários recebidos por profissionais estadunidenses, a média de rendimento anual de um astronauta pode variar entre U$ 64.000 e U$ 140.000, e essa variação dependerá do tipo de profissional de que estamos falando, sendo que os comandantes e pilotos recebem os salários mais altos.

Vale lembrar que esse é o cálculo feito apenas para astronautas civis, aqueles que são de carreira militar continuam recebendo os salários correspondentes aos seus postos na hierarquia do exército, marinha ou aeronáutica.

Ao contrário do que se pode imaginar, não há um bônus adicional para quem efetivamente faz uma expedição espacial. Podemos imaginar que a própria experiência de conhecer o espaço sideral já é uma grande recompensa nesses casos, apesar das também conhecidas consequências para o corpo e a saúde, como o envelhecimento precoce e dificuldades de adaptação no retorno à Terra por conta das variações de gravidade e outros fatores.

Como podemos ver até aqui, efetivar-se como um astronauta não é muito simples, mas também não é impossível. Primeiro é preciso ter grande experiência acadêmica e ao mesmo tempo ter o preparo físico necessário para aguentar as dificuldades da viagem. Infelizmente, as vias de acesso para nós brasileiros se dão apenas com a ajuda de outras agências espaciais maiores, como a norte-americana ou a europeia.

Pensando nisso, lembramos da importância de que haja investimento nesses setores para o Brasil, de forma que também possamos participar de maneira mais ampla da exploração espacial.

Quer saber onde estudar para conseguir alcançar essa prestigiada carreira? Leia nosso artigo sobre as melhores faculdades do Brasil!

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