A Medicina é o curso dos sonhos de vários estudantes. Embora muitos tenham certeza de que essa é a profissão ideal, a dúvida aparece na hora de escolher qual especialidade seguir. Por isso, este artigo foge um pouco das especializações tradicionais e fala um pouco de Hematologia.

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Preparamos um post completo sobre a profissão do hematologista, com alguns exemplos das principais doenças tratadas na área. Além disso, você terá acesso a informações sobre o mercado de trabalho. Vamos lá!

O que é Hematologia?

Se você já sabe qual curso quer fazer e a resposta é Medicina, está na hora de conhecer mais sobre as especialidades. A Hematologia é a especialidade médica que estuda o sangue, suas células e seus componentes.

O médico hematologista possibilita o diagnóstico de problemas, distúrbios ou mutações relacionadas ao sangue humano, bem como dos órgãos que fazem parte de sua produção, como a medula óssea e o baço.

O que faz um hematologista?

O hematologista realiza diversas atividades na área médica, como:

  • atendimento médico a pacientes com doenças hematológicas em todas as fases do tratamento;
  • controle de segurança das transfusões, desde o momento da coleta;
  • controle em bancos de sangue e na produção de hemoderivados;
  • diagnóstico de distúrbios que causam trombose, hemorragias e eventos hemorrágicos, como um AVC;
  • gerenciamento e diagnóstico no laboratório de avaliações hematológicas básicas ou específicas, ou seja, as análises do sangue;
  • pesquisa e desenvolvimento de novos procedimentos para o controle de doenças hematológicas;
  • realização de transplantes de medula óssea.

Doenças hematológicas

As doenças hematológicas tratadas pelo médico hematologista mais comuns são:

  • anemia — doença causada por níveis baixos de glóbulos vermelhos no corpo;
  • anemia falciforme — doença que impede que os glóbulos vermelhos circulem livremente pelo sistema circulatório;
  • cânceres hematológicos — leucemia, linfoma e mieloma são exemplos de cânceres que podem ser identificados por um médico hematologista;
  • hemofilia genética — causa dificuldade para o sangue coagular adequadamente;
  • neutropenia — redução de um tipo de glóbulo branco no sangue, chamado de neutrófilo;
  • talassemia — quando o corpo não produz hemoglobina suficiente;
  • trombofilia — doença hereditária que causa trombose e pode trazer complicações na gravidez.

Mercado de trabalho

Segundo a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), o Conselho Federal de Medicina (CFM) verificou alta concentração de hematologistas nas regiões sul e sudeste do Brasil.

Isso significa que as outras regiões brasileiras carecem desse tipo de profissional, fazendo com que o mercado de trabalho seja positivo para aqueles que estão dispostos a investir na especialidade e atuar nessas localidades.

Concurso público

Independentemente do local escolhido pelo médico hematologista, essa é uma das especialidades da Medicina mais bem remuneradas. Para que você tenha uma ideia do mercado de trabalho na rede pública, separamos algumas vagas em concurso e a remuneração inicial. Veja:

  • Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar, no Ceará — R$ 7.137,31 por 24 horas semanais;
  • Município de Candeias, na Bahia — R$ 5.500,00 por 10 horas semanais;
  • Município de Canoas, no Rio Grande do Sul — R$ 6.908,33 por 20 horas semanais;
  • Município de Rio Claro em São Paulo — R$ 14.970,26;
  • Secretaria de Estado da Saúde de Rondônia — R$ 11.789,24.
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Atividades do hematologista na rede privada

Geralmente, as vagas em aberto para atuação na rede privada são voltadas para as seguintes atividades:

  • análise de exames de sangue por meio do hemograma e outros exames específicos;
  • realização de consultas eletivas para pacientes que se queixam de dor no peito, falta de ar, pressão alta ou baixa, palpitação e cansaço;
  • solicitação e realização de exames.

Carreira do hematologista

Um hematologista deve iniciar a sua carreira na Medicina, podendo passar pela Pediatria até chegar à Hematologia.

Como os problemas com o sangue podem impedir muitas funções do corpo e causar uma série de complicações, incluindo vários tipos de câncer, muitos hematologistas também investem na Oncologia.

Para ser um médico hematologista, veja o caminho a ser seguido:

  • dois anos de residência médica em pré-requisito de Clínica Médica;
  • dois anos em Hematologia e Hemoterapia;
  • um ano em transplante de medula óssea (opcional).
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Residência em Hematologia no Brasil

Para facilitar suas pesquisas a respeito da Hematologia no Brasil, trouxemos algumas opções de residência médica na área para você ficar de olho desde já:

  • Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, no Rio de Janeiro;
  • Complexo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HC-FMRP-USP), em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo;
  • Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einsten, em São Paulo, que destaca o surgimento de terapias com células-tronco como um dos diferenciais da especialidade.

Pesquisa com células-tronco

O uso de células-tronco em tratamentos contra doenças, especialmente câncer, sempre foi uma polêmica no Brasil e também é uma das áreas que diz respeito aos hematologistas. Ser um pesquisador na área também é uma possibilidade de carreira promissora.

Segundo o Instituto de Pesquisa com Células-tronco (IPCT), a pesquisa na área é fundamental para que possamos entender como os tecidos do corpo humano reagem com o passar dos anos e de que forma o organismo reage a doenças no geral.

A carreira de hematologista no exterior

De acordo com artigo publicado no Journey Of The American Society Of Hematology, por meio da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, há uma necessidade cada vez maior de médicos especialistas em Hematologia para conduzir novas pesquisas e descobertas na área.

Além de ajudarem com os assuntos relacionados à especialidade, os hematologistas devem fazer parte da reestruturação do sistema de saúde norte-americano.

Se aqui no Brasil esses especialistas se concentram nas regiões sul e sudeste, nos Estados Unidos faltam médicos em todo o país. Isso está acontecendo porque os hematologistas estão chegando à idade de se aposentar e, para os médicos recém-formados, a maioria dos programas em Hematologia está integrada à Oncologia, com foco nos tratamentos oncológicos.

Em contrapartida, os pacientes de casos complexos, que exigem profissionais com amplo conhecimento nas questões hematológicas, vem crescendo, aumentando a demanda por este especialista no país.

Como atuar fora do país

Aqueles que sonham em morar no exterior podem cursar Medicina nos Estados Unidos ou transferir o diploma para lá. No entanto, a especialização deve ser realizada em instituições norte-americanas.

A residência em Hematologia abre um leque de possibilidades no Brasil e no exterior. Se você está estudando com foco em Medicina, considere essa especialização. Certamente, você terá um futuro brilhante pela frente, seja em estabelecimentos de saúde e consultórios, seja como pesquisador.

Ainda está em dúvida sobre qual curso investir? Veja como um teste vocacional pode ajudar você nessa escolha!

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