Além do alto índice de empregabilidade e dos salários para lá de atraentes, a carreira de um médico chama a atenção dos vestibulandos pela diversidade nos campos de atuação. São dezenas de possibilidades de trabalho que permitem ajudar e até mudar completamente a vida de várias pessoas. Um bom exemplo disso é o infectologista.

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Entretanto, se você ainda não sabe ao certo o que faz esse profissional, não se preocupe. Neste post, vamos contar como é esse ramo, o porquê ele tem um peso tão grande dentro da medicina e o que é preciso para se tornar um médico infectologista. Preparado? Pois vamos lá!

O que faz o infectologista?

A infectologia é o ramo que se dedica a diagnosticar, tratar e monitorar o avanço de infecções (tanto conhecidas quanto desconhecidas) causadas por diferentes micro-organismos, como vírus, fungos, bactérias e parasitas.

Afinal de contas, esse tipo de problema é diferente das demais enfermidades existentes, pois são facilmente transmissíveis por contato com fluidos corporais, contato físico, sexo desprotegido, uso de seringas contaminadas e, inclusive, pelo ar.

Para piorar, nem sempre essas doenças têm cura e ainda contam com um grave potencial de comprometimento do sistema imunológico e demais sistemas (como o nervoso, o respiratório, o circulatório e o gastrointestinal) e a alta taxa de mortalidade.

Não é à toa que os agentes infecciosos muitas vezes ocasionam epidemias e até pandemias — um vírus que exemplifica bem isso é o coronavírus, responsável pela Covid-19.

Portanto, o infectologista cumpre o papel de orientar a população quanto às medidas preventivas de biossegurança e de combate às infecções, além de recomendar testes e exames de detecção precoce, propagar campanhas de vacinação e atuar no controle de doenças por meio de terapia medicamentosa com os seguintes fármacos:

  • antimicrobianos;
  • antivirais;
  • antibacterianos;
  • antifúngicos;
  • antiparasitários.

Outro trabalho frequente do infectologista são as ações de contenção de possíveis agentes infecciosos em ambientes hospitalares. Isso porque essas instituições contam com um grande fluxo de pessoas doentes e, ao mesmo tempo, mantêm dezenas de pacientes internados em enfermarias, apartamentos ou unidades de tratamento intensivo (UTI).

São pessoas em estado crítico de saúde, que passaram por cirurgias, ou sofreram acidentes, que estão realizando tratamentos para enfermidades crônicas etc. Ou seja, situações em que a imunidade está abaixo do normal, o que os tornam mais suscetíveis a novas infecções.

Quando procurar um infectologista?

O infectologista pode ser procurado quando há suspeita de alguma doença infecciosa ou existe um quadro clínico de diagnóstico impreciso — quando o paciente apresenta, de forma desordenada, sintomas que são múltiplas enfermidades.

Nessas situações, o profissional realiza uma série de exames, além de avaliações clínicas para identificar a origem do problema e determinar qual tratamento deve ser seguido.

Qual o dia do infectologista?

De acordo com a nota divulgada pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), desde 2006, a data 11 de abril é celebrada como o dia do infectologista. Ele surge como uma forma de relembrar grandes profissionais da área que contribuíram para estruturar a categoria no Brasil, além de, é claro, também homenagear os médicos ativos no mercado.

Como ser um infectologista?

Uma vez terminada a faculdade de Medicina, você ingressa em um programa de residência médica em Infectologia que dura, geralmente, três anos. É por meio dele que você vai, de fato, ter contato com as práticas de prevenção, tratamento e terapia para diferentes doenças causadas por agentes infecciosos.

Um ponto interessante aqui é que, após concluir a sua formação em Infectologia, você também poderá fazer outros programas voltados para as quatro áreas de atuação do infectologista. São eles:

  • residência médica em Infectologia Hospitalar;
  • residência médica em Medicina Tropical;
  • residência médica em Infectologia Pediátrica;
  • residência médica em Hansenologia.

No portal da SBI, você confere detalhadamente a lista atualizada de hospitais, fundações e Santas Casas em que é possível cursar cada uma das cinco residências citadas. Essa, inclusive, é uma boa dica para já ir se planejando quanto à instituição onde você deseja fazer a sua pós-graduação.

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Onde estudar Medicina?

No Brasil, há 181 instituições particulares de ensino que ofertam a graduação em Medicina, como relata o levantamento de 2019, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Esse número representa quase 65% de todos os centros universitários do país que contam com essa formação.

Portanto, é inegável que as faculdades privadas conquistaram um espaço enorme na educação de nível superior e que são responsáveis pela capacitação de milhares de novos médicos anualmente.

Três delas, em especial, merecem destaque por serem referência em qualidade de conteúdo programático, infraestrutura física e online, corpo docente especializado e iniciativas de ensino que aprofundam o seu aprendizado e o tornam mais preparado para o mercado de trabalho. São elas:

Como é o mercado de trabalho na área?

O mercado de trabalho dos infectologistas é um pouco diferente do que pode ser observado com outros colegas médicos, como pediatras, psiquiatras, dermatologistas etc. Isso porque, além de atuar em espaços de saúde (como clínicas, consultórios e hospitais), muitos deles seguem carreira em serviços públicos de controle sanitário do país.

Um bom exemplo disso é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que é uma autarquia responsável por estabelecer, entre muitos aspectos, requisitos de controle de eficácia e auditoria de medicamentos e vacinas que circulam no país.

Além disso, ela é a responsável por protocolos de prevenção e contenção de doenças infecciosas, evitando assim que essas enfermidades adquiram potencial epidêmico e gerem crises de saúde pública em todo o território nacional — o que pode sobrecarregar tanto o Sistema Único de Saúde (SUS) quanto as instituições particulares de saúde.

Deu para ver como o infectologista cumpre um papel essencial na prevenção, no controle e na reabilitação de doenças que comprometem o bem-estar e a qualidade de vida de inúmeras pessoas, não é mesmo?

Por essa razão, é preciso bastante dedicação a essa carreira, começando pela sua formação. Afinal, o conhecimento científico sobre agentes infecciosos, doenças e comorbidades é uma tarefa complexa e que demanda muito estudo e prática hospitalar.

Contudo, se você ainda está inseguro se a medicina é, de fato, a profissão certa para você, não perca tempo e faça o teste vocacional Orientu para sanar todas as suas dúvidas de uma vez por todas!

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